quarta-feira, 4 de novembro de 2009

veneno de mim mesmo e os sonhos que se chamam perfeitos

sequela, o grito macio e revolto
que se debate dentro de mim
revolto e agonizante
desferindo golpes em lâminas d'água
macio em dores passivas
que seabrem à efemeridade
e logo voltam cortantes e cheias
tampando a minha garganta
tendo a audácia de, não sendo suficientemente grandes,
utilizarem flores como cunha
uma cunha de flores
flores essas que em tosses de caos saem tulipas
flores essas que em suspiros de prazer saem cravos
flores essas que carregam o pólen do escárnio vão e sem culpa
mas uma delas...
uma delas...
em fugas internas desfez-se em prantos,
desmanchou-se em cantos de temor
e continuou linda

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

não tenho ambições

eu vi o futuro. olhando pra trás.
foi por isso que morri cedo.

domingo, 4 de outubro de 2009



o totem e o desejo

sábado, 26 de setembro de 2009

à loucura (e à desconectividade de suas falas/ações)

sinta. sinta o toque do vento nas entranhas. o toque
das entranhas na dor do peito. o toque da dor no
alívio da companhia. sinta o pesar dos escárnios. sinta o
vento levar o pesar dos escárnios. sinta o abraçar das nuvens
no seu desabar. sinta o abraçar da terra enquanto levantas vôo.
sinta o peso do mundo sugando a sua força que corre em suas veias.
e agora sinta a queda. sinta a queda enquanto o seu mundo te suga pra dentro.
e ninguém pode ir com você. não lamente.

não lamente. regojizo é primordial à loucura.
só tu sabes.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

desconcreto



can you hear my love?

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

verdade

os riscos de quem corre por outros céus
à forma de quem anda por outras bandas
em formas que se acendem por palavras de quem não ama
são os vícios de quem ama e que se desfaz
de tudo e que se quer e não volta atrás
pra quem não se entrega nos braços de quem deseja
com coração de folha em branco, o amor é minha mucama.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

revival

quando não conseguia mais escrever, foi a hora exata em que morri.
por mais morto que estivesse, fui dono do tempo, do destino.
menos de mim.
quando vazei todas as fantasias complacentes com a minha miséria,
quando deixei embranquecer o último fio de cabelo da minha má esperança.
foi esse o momento exato em que partí rumo à minha essência.
e ardí como fogo de mildias em chamas de pura vida em morte lenta.
o ressurgir mais morto e mais quente já visto fez a fênix se consumir em
lágrimas ferventes e depenar em brasa viva. foi aí.
EXATAMENTE AÍ
que ardeu a chama do meu despertar.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009