em triste e quase tarde ação
o silêncio cobre o grito
em véu novo de seda
sobre o fogo velho aceso em cinza já feita
com atrasos lapidados
no papel que teima em guardar
os devaneios cor-de-morte,
os veraneios cor-de-fuga,
as parvoíces nervosas,
o consolo dos loucos.
é o desconcretismo pretencioso
o escárnio dos sentidos
o alter-ego da sinestesia
que vem impávido
em linhas retas.
domingo, 31 de janeiro de 2010
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
soacaos

eis que o que urge de mim é o caos
e é este com que venho amarrado ao pulso
urge que em profundos suspiros de prazer
se vê dominante
em gritos puros de agonia
e cheiro amargo de espasmos
em serenidade crua e desconsertante
em suavidade lenta
urge em tempos de ócio
e se assenta em tempos de guerra
é este que me sai viscoso pelas entranhas
e que me dá
sede.
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
veneno de mim mesmo e os sonhos que se chamam perfeitos
sequela, o grito macio e revolto
que se debate dentro de mim
revolto e agonizante
desferindo golpes em lâminas d'água
macio em dores passivas
que seabrem à efemeridade
e logo voltam cortantes e cheias
tampando a minha garganta
tendo a audácia de, não sendo suficientemente grandes,
utilizarem flores como cunha
uma cunha de flores
flores essas que em tosses de caos saem tulipas
flores essas que em suspiros de prazer saem cravos
flores essas que carregam o pólen do escárnio vão e sem culpa
mas uma delas...
uma delas...
em fugas internas desfez-se em prantos,
desmanchou-se em cantos de temor
e continuou linda
que se debate dentro de mim
revolto e agonizante
desferindo golpes em lâminas d'água
macio em dores passivas
que seabrem à efemeridade
e logo voltam cortantes e cheias
tampando a minha garganta
tendo a audácia de, não sendo suficientemente grandes,
utilizarem flores como cunha
uma cunha de flores
flores essas que em tosses de caos saem tulipas
flores essas que em suspiros de prazer saem cravos
flores essas que carregam o pólen do escárnio vão e sem culpa
mas uma delas...
uma delas...
em fugas internas desfez-se em prantos,
desmanchou-se em cantos de temor
e continuou linda
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
domingo, 4 de outubro de 2009
sábado, 26 de setembro de 2009
à loucura (e à desconectividade de suas falas/ações)
sinta. sinta o toque do vento nas entranhas. o toque
das entranhas na dor do peito. o toque da dor no
alívio da companhia. sinta o pesar dos escárnios. sinta o
vento levar o pesar dos escárnios. sinta o abraçar das nuvens
no seu desabar. sinta o abraçar da terra enquanto levantas vôo.
sinta o peso do mundo sugando a sua força que corre em suas veias.
e agora sinta a queda. sinta a queda enquanto o seu mundo te suga pra dentro.
e ninguém pode ir com você. não lamente.
não lamente. regojizo é primordial à loucura.
só tu sabes.
das entranhas na dor do peito. o toque da dor no
alívio da companhia. sinta o pesar dos escárnios. sinta o
vento levar o pesar dos escárnios. sinta o abraçar das nuvens
no seu desabar. sinta o abraçar da terra enquanto levantas vôo.
sinta o peso do mundo sugando a sua força que corre em suas veias.
e agora sinta a queda. sinta a queda enquanto o seu mundo te suga pra dentro.
e ninguém pode ir com você. não lamente.
não lamente. regojizo é primordial à loucura.
só tu sabes.
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
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